Econoweek http://econoweek.blogosfera.uol.com.br O Econoweek é um blog escrito por três economistas que querem traduzir a economia. Fri, 24 Apr 2020 11:45:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Fundos imobiliários de tijolo ou de papel? Saiba escolher o melhor http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/24/fundos-imobiliarios-de-tijolo-ou-de-papel-saiba-escolher-o-melhor/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/24/fundos-imobiliarios-de-tijolo-ou-de-papel-saiba-escolher-o-melhor/#respond Fri, 24 Apr 2020 07:00:00 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1234

Os fundos imobiliários já caíram -20% desde o começo da crise, enquanto a Bolsa caiu ao redor 30%. Será que finalmente eles ficaram baratos e chegou a hora de investir?

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar a diferença entre dois tipos de fundos imobiliários, os fundos de tijolos e os fundos de papéis. Qual será que é melhor?

A partir de um relatório de um escritório de análises, que mostra o que fazer com fundos imobiliários nessa crise, comparamos dois fundos com desempenhos diferentes: o KNRI, o principal fundo de tijolos da Bolsa, e o KNCR, o maior fundos de papéis.

O que são FIIs?

Os fundos de investimentos imobiliários, ou FIIs, são fundos que só podem investir em ativos ligados ao mercado imobiliário.

Na prática, um grupo de pessoas forma um condomínio, só que em vez de morar nele, investem nos imóveis desse fundo, que um gestor seleciona.

A ideia mais simples é ter várias propriedades diferentes dentro de um fundo, de modo que os investidores ganhem dinheiro mensalmente com o recebimento de aluguéis, bem como com a valorização dos imóveis, caso deseje sair, vendendo sua participação no fundo.

Os FIIs contam com isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos e dá para contar com a participação em diversas propriedades, sem se preocupar com pagamento de IPTU, manutenção e nem lidar com inquilinos. Tudo fica por conta dos gestores do fundo.

De qualquer maneira, é bom ficar por dentro de como deve ser a retomada de cada setor da atividade econômica, que não deverá ocorrer ao mesmo tempo para cada segmento, conforme apontou a corretora Toro em um relatório de perspectivas setoriais pós coronavírus.

Há basicamente dois tipos de fundos: os de tijolos e os de papéis.

Fundos de tijolos

Como mostramos no vídeo acima, os fundos imobiliários conhecidos como FIIs de tijolos levam esse nome porque possuem em seu patrimônio imóveis de verdade, e têm como objetivo comprar ou construir imóveis físicos para alugar ou vender, e gerar renda mensal para seus cotistas.

Há vários tipos de fundos de tijolos. Há fundos de shoppings, de lajes corporativas, de galpões, de universidades, hospitais e até de agências bancárias, para citar alguns exemplos. Sem contar que há fundos que misturam tudo isso.

A diversidade pode ser grande, o que, por definição, já reduz o risco.

Uma vantagem desse tipo de fundo é que se os imóveis forem bem selecionados, tende a haver uma valorização da cota quando também há valorização do imóvel, além da valorização dos reajustes de aluguel, impactando positivamente na distribuição de rendimentos mensais aos cotistas.

Por outro lado, se os imóveis não forem bem selecionados, pode haver algumas propriedades com períodos de vacância (quando o imóvel fica sem inquilino), reduzindo a rentabilidade do fundo.

Além disso, em momentos de crise, pode aumentar a inadimplência de aluguéis, reduzindo a distribuição dos rendimentos. E se a crise for mais severa, também pode haver queda do preço dos imóveis no mercado, impactando na precificação da cota.

O principal fundo desse tipo é o KNRI11, administrado pela KINEA, braço de investimentos do banco Itaú, que desde o começo de 2020 caiu aproximadamente 23%, saindo de R$ 197 para R$ 151 por cota, superando a queda do IFIX, que recuou 20% no período. Esse é um dos FIIs analisados pela Levante, com recomendação de compra ou venda.

Segundo o relatório do fundo, no fechamento do mês de março, eles estavam com “políticas comerciais mais agressivas para a manutenção dos inquilinos” diante dos impactos da COVID-19. Isso quer dizer que não está sendo fácil passar por essa crise, mas, mesmo assim, distribuíram R$ 0,65 por cota de cada investidor.

Esse FII permite a compra de uma única cota, não havendo quantidade padrão mínima, facilitando a entrada de pequenos investidores. E conta com uma diversificação dos imóveis não só em lugares diferentes, como em tipos de imóveis, com edifícios corporativos e galpões logísticos entre suas propriedades.

Fundos de papel

Os fundos de papel são o oposto dos fundos de tijolos.

Enquanto fundos imobiliários chamados de “fundos de tijolos” normalmente têm no seu patrimônio algumas construções para alugar ou vender, gerando receita, os fundos de papéis são constituídos por ativos de renda fixa sempre ligados ao mercado imobiliário, como as CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) ou as LHs (Letras Hipotecárias).

Como mostramos no vídeo acima, os fundos de papéis são formados normalmente por CRIs, que funcionam da seguinte maneira. Imagine um imóvel financiado por 35 anos. Em vez de o banco esperar todo esse tempo para receber o valor do financiamento, ele emite certificados de recebíveis imobiliários, os CRIs, junto a uma securitizadora para antecipar essas parcelas recebíveis, e os CRIs são oferecidos aos investidores.  Isso pode acontecer também com antecipação de recebíveis de aluguéis de longo prazo e outros casos.

É possível investir nesses CRIs, mas normalmente os valores de entrada são altos. Então, em um fundo de recebíveis, o valor de entrada é bem mais baixo e já conta com diversificação em vários papéis diferentes, minimizando o risco.

Com essa crise, alguns recebíveis podem estar sob maior risco diante do atraso do pagamento de aluguéis de lojas e prédios, ou de parcelas de financiamentos, já que há maior dificuldade financeira com a perda de renda da paradeira.

O maior fundo imobiliário desse tipo é o KNCR11, outro fundo da KINEA, que desde o começo de 2020 caiu aproximadamente 12%, saindo de R$ 106 para R$ 93 por cota, queda menor que a do IFIX (ao redor de 20%).

Segundo o relatório do fundo, até o fechamento do mês de março, os CRIs que compõe o fundo estavam cumprindo com suas obrigações financeiras, sem inadimplência.

Há potencial para valorização? Sim. Mas os riscos ainda não foram embora e há outros fundos desse tipo para você dar uma olhada. Esse foi apenas um exemplo.

No relatório da KNCR11 são mostradas todas as informações do fundo, como os setores dos imóveis de cada CRI do fundo, bem como a lista completa dos ativos que o compõem.

Em qual tipo de fundo investir?

Durante crises, como a que vivemos, há uma tendência em ativos perderem valor. Sejam ações ou imóveis, a maior parte dos investidores está menos disposta a pagar um valor alto por qualquer coisa.

Desse modo, as cotas de fundos de tijolos podem cair de preço. Não à toa, a queda do fundo de papel que falei aqui foi menor que a queda do fundo de tijolos.

Por outro lado, os fundos de papéis podem se beneficiar da elevação dos juros no mercado secundário, já que pode haver uma migração de renda variável para renda fixa, justamente os ativos que compõe um fundo de papéis, podendo até haver valorização da cota.

Embora essa não seja uma recomendação de investimentos, eu investiria em ambos os fundos, que estão entre os mais negociados na Bolsa, facilitando a venda da cota, caso queira se desfazer no futuro.

Jamais colocaria a minha reserva de segurança nesse tipo de investimento, que não deve ter uma recuperação tão rápida, embora a tendência seja de alta no médio prazo.

Há muito mais fundos que podem ser analisados. Selecionamos apenas os dois maiores fundos de cada tipo.

Você investiria em FIIs? Prefere fundos de tijolos ou de papéis? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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Vale a pena investir no setor imobiliário na crise? Riscos e oportunidades http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/21/vale-a-pena-investir-no-setor-imobiliario-na-crise-riscos-e-oportunidades/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/21/vale-a-pena-investir-no-setor-imobiliario-na-crise-riscos-e-oportunidades/#respond Tue, 21 Apr 2020 07:00:42 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1223

A pandemia já está fazendo estrago na economia e hoje vamos dar início à série sobre os impactos em cada segmento da atividade econômica, começando pelo setor imobiliário.

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai como a epidemia impacta nos investimentos ligados aos shoppings, como os fundos imobiliários XPML11 e MALL11, como em ações de construtoras, como as da Tenda e da MRV, conhecidas como TEND3 e MRVE3, sem deixar de falar quais são as perspectivas para esses investimentos.

Com paralisação de diversos setores, aumento do desemprego, empresas em dificuldade financeira, infelizmente ainda não sabemos quando as coisas voltarão ao normal.

Algumas projeções já mostram que o PIB brasileiro de 2020 pode cair -5%, o que seria o pior desempenho da história, com o desemprego podendo passar dos 20%, mais que o dobro do atual.

Mas como será que isso impactará os investimentos imobiliários?

Shoppings

O setor de shoppings deve ter um impacto negativo elevado.

No vídeo acima, mostramos que vários shoppings estão de portas fechadas e, quando voltarem a abrir, terão que lidar com pessoas menos dispostas a ir às compras.

O desemprego deve se elevar no Brasil, com pessoas e empresas consumindo suas reservas de segurança e capital de giro durante a paradeira, quando não se endividando.

Assim, o retorno às compras deverá ser lento.

Pontos negativos

  1. Mesmo antes do fechamento, algumas lojas já relatavam problemas com recebimento de produtos chineses, com as medidas de isolamento tendo começado mais cedo por lá;
  2. Queda nas vendas dos lojistas implica na redução das receitas variáveis dos Shopping, que costumam ter contratos de cobrança de aluguel mínimo ou 6% das receitas das lojas. Fundos imobiliários de shoppings já sentiram esse impacto;
  3. Poderá haver queda na taxa de ocupação dos shoppings, com algumas lojas não conseguindo sobreviver ao período de fechamento;
  4. As vendas serão mais difíceis! Com pessoas perdendo renda e empregos, haverá uma redução da renda disponível dos indivíduos, o que faz com que o nível de consumo das famílias caia e que elas concentrem a sua cesta em itens mais básicos após a reabertura dos shoppings;
  5. Há um embate entre lojistas e administradores de shoppings em relação aos custos com aluguel, pagamento do fundo de promoção, serviços de manutenção e outras taxas, durante o período de portas fechadas. Dependendo da negociação, as receitas dos shoppings poderão ficar comprometidas.

Pontos positivos

  1. As vendas online serão reforçadas, seja via sites próprios, WhatsApp ou marketplaces, como Americanas e Mercado Livre. Embora isso possa não ser o suficiente para cobrir a queda de receitas, pode ajudar a reforçar o caixa das lojas no retorno à normalidade;
  2. Os shoppings tendem a suportar o período de portas fechadas já que contam com contratos de aluguéis longos. Mesmo que as receitas variáveis sejam menores, os custos também caíram, mesmo que em proporção bem menor.

Investimentos em shoppings

Entre os fundos imobiliários que mais distribuíram dividendos em 2019, podemos citar o XPML11, que tem no seu portifólio o Shopping Cidade São Paulo, na Avenida Paulista, o Catarina Outlet na Rodovia Castello Branco e outros shoppings pelo Brasil.

No vídeo acima, mostramos que a precificação de sua cota caiu dos R$ 146, no início de 2020, para a casa dos R$ 91, uma queda de 38%, enquanto foi informado através de fato relevante que não haverá mais distribuição de rendimentos mensais “até que se tenha maior visibilidade quanto aos impactos no resultado dos shoppings do portfólio do fundo”.

Já o fundo MALL11, que tem no seu portifólio o Boulevard Shopping Feira, na Bahia, o Shopping Taboão e Shopping Suzano, na grande São Paulo, entre outros, informou distribuição de R$ 0,40 por cota do fundo aos seus investidores no mês de março de 2020, mesmo tendo visto o preço de sua cota cair de R$ 130 para ao redor de R$ 82, uma redução de 37%.

Vale dizer que os ativos que citaremos aqui não correspondem a uma recomendação de compra ou de venda, sendo apenas uma análise do setor imobiliário e suas possibilidades de investimentos.

Incorporadoras

Com juros historicamente baixos para o financiamento imobiliário, o setor deverá sofrer menos que os shoppings durante e após a pandemia.

Efeitos negativos

  1. Com a suspensão de estande de vendas e de várias obras em andamento, restando apenas construções essenciais, como hospitais e obras de saneamento, as incorporadoras esperam que não haverá lançamentos nos próximos dois trimestres;
  2. Companhias como Cyrela, EZTec, Tecnisa e MRV irão consumir muito caixa para a manutenção de seus negócios, com menor entrada de faturamento do que o planejado para este ano;
  3. Houve aumento dos cancelamentos de contratos, que pode significar uma queda na confiança do consumidor e menor disposição dos bancos em prover crédito imobiliário;
  4. A liberação de recursos do FGTS para socorrer quem mais precisa pode impactar nos futuros financiamentos do Minha Casa Minha Vida, que contam com recursos do fundo de garantia para os financiamentos dos imóveis.

Pontos positivos

  1. Há a possibilidade de seguirem com vendas por telefone e outros canais online;
  2. A inflação sob controle e o juro no menor nível histórico favorecem as linhas de financiamento imobiliário e a aquisição de imóveis;
  3. As incorporadoras aproveitaram o momento de alta da Bolsa brasileira no 2º semestre de 2019 para realizar a captação de recursos, num total de R$5,5 bilhões em oferta pública de ações. As empresas mais bem preparadas podem passar com menos cicatrizes por esse período de paradeira.

Investimentos em incorporadoras

Os analistas da Toro Investimentos, acreditam que as incorporadoras com concentração de receitas nas classes de baixa renda tendem a sofrer menos.

A corretora lembra que foram elas que conseguiram manter lançamentos e lucratividades mais constantes durante a fase mais crítica da última crise, entre 2014 e 2018, além de terem empreendimentos com melhor distribuição geográfica, podendo contar com aumento da procura nesse segmento.

Nessa linha, as ações da MRV (MRVE3), que já recuaram dos R$ 22 para a casa dos R$ 13, e as ações da Tenda (TEND3), cuja ação passou de R$ 38 para R$ 22, ambas com retração de mais de 40%, poderiam ter perspectiva de retomada melhor que as dos shoppings.

Em uma outra lógica, há alternativas, como as CCBs (cédulas de crédito bancário) oferecidas pela MatchMoney, que unem os investidores às incorporadoras, que pegam dinheiro emprestado do investidor e deixam um imóvel como garantia, com retornos acima da renda fixa.

Qual é a sua perspectiva para os investimentos no mercado imobiliário? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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11 aplicativos grátis para se livrar de tarifas bancárias e economizar http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/17/11-aplicativos-gratis-para-se-livrar-de-tarifas-bancarias-e-economizar/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/17/11-aplicativos-gratis-para-se-livrar-de-tarifas-bancarias-e-economizar/#respond Fri, 17 Apr 2020 07:00:33 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1203

Com essa quarentena, além de passarmos mais tempo em casa, muitos de nós tivemos uma redução de renda.

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar como começou pesquisando como se livrar das tarifas de seu banco e acabou descobrindo 11 aplicativos de soluções digitais para economizar dinheiro e se livrar das tarifas bancárias. Tudo de graça!

Há soluções digitais gratuitas começando por bancos digitais,  passando por aplicativos que anotam os gastos automaticamente, cashback em compras e sites para descontos, além de plataformas que possibilitam a comparação de taxas de juros de empréstimos, ou ainda ter como verificar cotação do seguro do seu carro em várias seguradoras ao mesmo tempo.

Para facilitar a pesquisa, entramos em contato com o diretor da Associação Brasileira de Fintechs, Paulo Deitos, que também é presidente da Alianza Fintech Iberoamérica. Foi ele quem nos ajudou mostrando quais soluções digitais são confiáveis e quais não são.

Agora, vamos apresentar 11 soluções digitais gratuitas para economizar dinheiro, com o selo de qualidade da ABFintechs.

Banco grátis

Para começar, há poucos motivos para manter uma conta em um bancão tradicional se ele te cobra por isso.

Os principais bancos cobram entre R$ 20 e R$ 60 por mês por um pacote básico de serviços, o que corresponde a entre R$ 240 e R$ 720 a cada ano que podem ser economizados.

Embora todo banco seja obrigado a fornecer uma opção de conta gratuita, esses pacotes são muito básicos.

Hoje, há opções de bancos digitais, sem nenhuma cobrança e que ainda oferecem TEDs gratuitas para qualquer conta de outra instituição.

Uma das soluções é a conta digital gratuita do PagBank, que além de possibilitar transferências gratuitas, o dinheiro que fica na conta rende 100% do CDI.

Dentre algumas alternativas, o Banco Inter é uma solução digital para pessoas físicas, com a possibilidade de abertura de conta corrente para microempreendedores individuais.

O Banco Neon também conta com uma opção de conta gratuita para pessoas físicas e expande a possibilidade de abertura de conta corrente sem custo para empresas maiores, com cobrança apenas dos serviços que for utilizar.

Cartão de crédito grátis

Se você paga por uma anuidade de cartão de crédito, saiba que isso só faz sentido se você usa seus benefícios, como pontos e salas vip em aeroportos.

Mesmo assim, ligue para a empresa do seu cartão e negocie a isenção da anuidade. Muitas vezes, é possível deixar de pagar.

Já há diversas opções de cartões de crédito que não cobram nada por isso. Além dos cartões do dois bancos digitais que citamos acima, PagBank, Inter e Neon, outra possibilidade de cartão de crédito bastante popular é o roxinho Nubank, que permite acompanhar os gastos via aplicativo em tempo real.

Supondo uma anuidade barata, de R$ 240 (já que pode passar dos R$ 1.000), a economia mensal é de pelo menos R$ 20.

Cuide do seu dinheiro

É essencial saber com o que gastamos nosso dinheiro.

A gestão financeira pessoal, que nada mais é que organizar quanto você ganha e quanto gasta, pode ser feita por aplicativos de celular. A vantagem é que eles são automáticos, sem exigir que você entenda de planilhas ou precise fazer contas mais avançadas.

Um deles é o app Organizze, que começa a funcionar quando você vincula sua conta corrente, poupança ou cartão de crédito… Ou tudo isso junto, sem limitação.

Nessa hora, ele vai agrupar os gastos por categoria e passar a anotar todas as próximas compras realizadas. Então, é só ver com o que está gastando mais.

Além disso, ele avisa das datas de vencimentos de contas, boletos e fechamentos de faturas.

Ele é muito parecido com o Guiabolso, que é 100% gratuito e também recomendamos testar para ver qual prefere.

Nós já mostramos que, sabendo com o que gastamos nosso dinheiro, é possível cortar gastos desnecessários, podendo economizar entre R$ 100 e R$ 1.000 por mês.

No Guiabolso, todas as funcionalidades são gratuitas. No Organizze, as básicas são isentas de tarifas e para ferramentas como metas e alertas há planos de assinatura.

Seguro Auto

Se você nunca sabe se o seguro do seu carro está caro ou barato, ou já ouviu história de um mesmo seguro ser oferecido por preços diferentes para a mesma pessoa, uma proposta de acabar com essa dúvida é oferecida pelo Minuto Seguros, onde é possível comparar a cotação com várias seguradoras de uma vez.

Eu fiz a cotação para o carro que eu tinha e na hora já apareceram as propostas de seguro, que foram de aproximadamente R$ 1.600 até R$ 4.000, com seguradoras diferentes.

Dinheiro emprestado

Se está atrás de empréstimo, há diversas soluções além do banco tradicional.

Vamos apresentar três fintechs que ajudam nessa hora. Mas, vale lembrar, em letras garrafais, que crédito costuma ser muito caro, principalmente o crédito pessoal sem garantia (aquele tipo de crédito que não exige um imóvel ou veículo para garantir que o pagamento será feito).

A Geru é um site de empréstimos pessoais sem garantia. É conhecido por ser muito prático e rápido, mas, por definição, esse tipo de crédito não é barato. Uma vez que quem empresta o dinheiro não sabe se vai receber de volta, os juros são altos para diluir o risco entre quem paga e quem não paga em dia.

Já a Creditas, com outra proposta, é uma fintech que oferece empréstimos com garantia de um carro ou uma casa. Tem boa avaliação no Reclame Aqui, mas precisa ter um bem para conseguir empréstimos por lá, que conta com juros mais baixos.

Para comparar os juros de crédito pessoal, com e sem garantia, ou até para solicitar um cartão de crédito ou financiar um imóvel, a EasyCrédito se propões a ser um hub dos juros, comparando as taxas de várias financeiras, inclusive com a Geru e a Creditas como parceiras.

Desconto e Dinheiro de volta

Para os mãos de vaca de plantão, como eu e a Yolanda Fordelone, dois economistas muquiranas, o Méliuz é uma plataforma de descontos e cashback.

Quando fizer uma compra online em uma loja parceira, além de ter acesso a um desconto de associado, ainda consegue o cashback, que é uma parte do dinheiro de volta depois de alguns dias direto em sua conta corrente.

O que fazer com o dinheiro economizado?

Só com as tarifas bancárias e anuidade de cartão de crédito, a economia mensal fica entre R$ 40 e R$ 160 por mês, o que corresponde a R$ 480 por ano, podendo chegar aos R$ 2.000.

Esse dinheiro já pode ser um grande alívio para quem perdeu renda durante a quarentena.

E a economia pode ser muito maior se conseguir um seguro mais barato que o atual, cashbacks nas compras e se organizar melhor com os aplicativos que anotam seus gastos sozinhos.

Com tudo isso, já dá para investir!

Já descobrimos várias maneiras de investir com boa rentabilidade e segurança, e vamos voltar a falar disso no próximo conteúdo da série de soluções digitais de investimentos.

Que outra dica você tem para economizar? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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Ações da Oi caíram de R$ 80 para R$ 0,50. Chegou a hora de investir? http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/14/acoes-da-oi-cairam-de-r-80-para-r-050-chegou-a-hora-de-investir/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/14/acoes-da-oi-cairam-de-r-80-para-r-050-chegou-a-hora-de-investir/#respond Tue, 14 Apr 2020 07:00:54 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1195

As ações da Oi já chegaram a valer mais de R$ 80. Hoje, operam na casa dos R$ 0,50. Você sabe por que elas desvalorizaram tanto?

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar porque elas desvalorizaram tudo isso e dizer se vale ou não a pena investir em ações da Oi.

Relembramos alguns dos principais motivos de as ações da Oi estarem tão baratas para você ter mais elementos decidir sobre seu investimento.

Reunimos algumas informações a partir de dois relatórios que resumiram a situação da empresa: um da corretora Toro, que chega a doar ações da Oi aos novos clientes, e outro relatório da Levante Investimentos, sobre a possibilidade de se fazer esse investimento.

Apesar de haver diversos analistas com recomendações diferentes sobre investir ou não nas ações da Oi, todos são unânimes em dizer que esse é um investimento de alto risco.

Nós fizemos uma análise nesses mesmos moldes, mostrando se vale a pena investir na CVCB3, as ações da CVC, que caíram de R$ 60 para R$ 10.Vale a pena conferir.

Envolvimento com o Governo

Talvez você não saiba, mas a Oi surgiu de uma privatização que desmembrou a antiga estatal Telebras em várias empresas, em 1998. Uma delas foi a Telemar, que hoje é a Oi, bem resumidamente.

Essa privatização já nasceu envolvida em alguns escândalos de corrupção, um deles com o BNDES. E chegou a ter como acionistas os fundos de pensão da Caixa Econômica e da Petrobras (Funcef e Petros), bem como o próprio BNDES.

Gestão turbulenta

Além de vários negócios questionáveis ao longo de sua vida, a Oi teve muitos presidentes diferentes desde o seu nascimento, fazendo o negócio mudar muito de direção.

Somado a isso, há um histórico complicado, com um “vai e vem” de vários acionistas importantes, com interesses diferentes, atrapalhando o que deveria ser objetivo principal: ser uma empresa eficiente e lucrativa.

Falando de negócios questionáveis, em 2008, a Oi recebeu um empréstimo do BNDES e do Banco do Brasil para comprar a Brasil Telecom.

Na época, o que parecia um bom negócio, já começou mal quando descobriram uma enorme dívida da companhia recém adquirida em ações judiciais.

Começou mais ou menos aí um grande problema de endividamento da empresa que persiste até hoje como uma de suas principais características estruturais.

Problemas estruturais

Além da dívida elevada que a companhia possui como passivo, ela tem uma estrutura de custos muito grande, de modo que a tendência de endividamento, se nada for feito, é crescente.

A Oi chegou a ter uma dívida de R$ 65 bilhões em 2017, que foi reduzida para R$ 16 bilhões. Essa forte redução, entretanto, ocorreu principalmente pela reestruturação das dívidas dentro do plano de recuperação judicial. De modo que isso não significa que o problema de gastos elevados esteja resolvido.

Outro problema estrutural decorre de que a Oi, historicamente, tem forte presença em telefonia física, que hoje em dia praticamente não tem mais relevância em um mercado em que nem pacote de voz se usa mais, com predomínio de receitas vindas da venda de pacote de dados e internet da telefonia móvel.

Ainda assim, depois de uma mudança em uma lei (PLC 179), ela ficou desobrigada a continuar investindo em orelhões, embora passou a ter a exigência de investir em banda larga em regiões afastadas, que nem sempre são interessantes comercialmente. Uma boa notícia, já que reduziu custos e, nem precisamos dizer, a banda larga é muito mais promissora.

Para encerrar esse assunto, a Oi ainda tem um histórico de governança corporativa ruim, que refletiu em parte da queda do preço de suas ações ao longo dos anos.

Então vamos olhar o retrato da Oi nos dias de hoje.

O que precisa ser feito?

A Oi está em recuperação judicial, que é uma medida para tentar evitar a falência.

A companhia entrou em recuperação judicial justamente porque perdeu a capacidade de pagar suas dívidas e, nesse processo, tem a oportunidade de reorganizar seus negócios, renegociar dívidas e arrumar a casa.

Para que as coisas comecem a melhorar, e o preço das ações comecem a subir, há algumas coisas importantes que precisam ser feitas (embora não sejam as únicas).

A primeira coisa a ser feita seria uma política de desinvestimentos, vendendo tudo o que não for essencial a seus negócios. Essa é uma das principais exigências de seus investidores.

Com isso, ela se livraria de despesas enormes, que consomem seu caixa, e ainda geraria receita para cobrir suas dívidas. Mas, se isso acontecer, não deverá ser nada rápido.

Esse é um ponto complicado, pois os potenciais interessados sabem que a Oi precisa desesperadamente de caixa, tirando muito do poder de negociação da companhia. Mesmo assim, recentemente, ela conseguiu vender uma fatia de um negócio que ela tinha na Angola por US$ 1 bilhão, que foi considerado um ótimo valor.

O segundo ponto é que, ao mesmo que tempo que precisa desinvestir, também é necessário investir muito dinheiro para correr atrás dos concorrentes.

A Oi tem planos de expandir sua presença em fibra ótica direto ao cliente e em melhorar sua atuação na rede 4G e 4.5G, os setores mais lucrativos. Aqui, as concorrentes mais saudáveis também têm melhor capacidade de investimentos.

Outra esperança de salvação para quem tem essas ações no portfólio seria a venda da Oi, mesmo que apenas parte dela, para seus concorrentes ou empresas interessadas.

Aqui, o segmento móvel é seu principal ativo, que pode despertar interesse.

Mas os principais processos de fusões e aquisições só devem acontecer quando ela arrumar a casa e sair do processo de recuperação judicial.

Vale a pena investir na Oi?

Se tudo der certo para a Oi, o que não deve acontecer tão rápido, as ações podem voltar a valorizar bastante.

Na filosofia de investimentos do Econoweek, de longo prazo, priorizando empresas saudáveis, com capacidade de gerar caixa e distribuir dividendos, a Oi passa a ser uma aposta muito arriscada. Hoje, a Oi opera com prejuízo e não distribui dividendos.

Essa não é uma recomendação para investir ou deixar de investir. Cada um deve adequar seus investimentos ao seu momento e perfil de risco.

Essa é uma análise da ação de uma empresa em específico. Mas é fundamental diversificar seus investimentos. O economista do Econoweek, César Esperandio, mostrou como ele perdeu só 1% enquanto a Bolsa caiu 40%, montando uma carteira de investimentos diversificada.

A própria Toro, que recomenda a compra dessas ações, aconselha a não compor seu portfólio de renda variável com mais de 5% de Oi.

Para aqueles que mesmo assim querem arriscar, investir apenas um volume de dinheiro que não fará nenhuma falta se “virar pó”, pode ser uma atitude mais prudente. Afinal, a chance de a Oi falir existe.

Por outro lado, há a polêmica ação da Toro Investimentos, que dá 100 ações da Oi para quem investir os primeiros R$ 1.000 em qualquer ativo disponível na corretora. Nessa situação, sem “colocar dinheiro do bolso”, neutralizando o risco, pode ser uma exposição adequada.

Caso contrário, pensaria duas vezes.

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Ações da CVC caíram de R$ 60 para R$ 10. Chegou a hora de investir? http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/10/acoes-da-cvc-cairam-de-r-60-para-r-10-chegou-a-hora-de-investir/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/10/acoes-da-cvc-cairam-de-r-60-para-r-10-chegou-a-hora-de-investir/#respond Fri, 10 Apr 2020 07:00:38 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1188

As ações da CVC caíram de R$ 60 para R$ 10. Vale a pena comprar para esperar subir ou será que é um mau negócio?

Elas estão custando seis vezes menos. Mas será que elas estão seis vezes mais baratas? Essa não é uma pergunta com resposta tão óbvia como pode parecer.

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar como fazer essa análise, contanto um pouco da história e como o preço das ações da dessa agência de viagens caíram tanto, com base em um relatório sobre a CVC produzido por uma empresa de recomendação de investimentos.

Falência da Avianca

Após a falência da companhia aérea Avianca em abril de 2019, a CVC teve um prejuízo de R$ 15 milhões no segundo trimestre do mesmo ano, já que diversos clientes que tiveram seus voos cancelados também cancelaram o pacote com a agência de viagens.

Além disso, com uma companhia aérea a menos no Brasil, o preço pode ter subido, fazendo alguns repensarem os planos de viajar durante as férias.

A CVC registrou um impacto de R$ 55 milhões no lucro líquido do período, com despesas de reembolsos e outros custos.

E os impactos continuaram nos meses seguintes.

No fim de 2018, a CVC estava cotada em R$ 60,44 na Bolsa. Já ao término do segundo trimestre de 2019, recuou para R$ 49,40, uma perda de 18%.

Mau negócio na Argentina

A CVC adquiriu uma agência de viagens na Argentina em agosto de 2019 por US$ 77 milhões.

Mas, em outubro do mesmo ano, houve eleições presidenciais por lá, a qual teve como vitorioso o candidato Alberto Fernández, que venceu Macri.

Como o novo presidente é considerado mais intervencionista (um governo caracterizado por estar mais presente nas tomadas de decisões da iniciativa privada) e a Argentina infelizmente vive uma crise econômica sem fim, o mercado começou a questionar se essa aquisição tinha sido uma boa ideia.

E as ações da CVC mais uma vez amargaram queda. No final de setembro, as ações da CVC estavam cotadas em R$ 55,40, mas caíram para R$ 40,22 no fim de outubro de 2019. Foi uma queda de 27%.

Essa é uma análise da ação de uma empresa em específico. Mas é fundamental diversificar seus investimentos. O economista do Econoweek, César Esperandio, mostrou como ele perdeu só 1% enquanto a Bolsa caiu 40%, montando uma carteira de investimentos diversificada. Vale a pena o clique.

Óleo nas praias do Nordeste

A desvalorização que acabamos de citar não foi exclusivamente por conta do possível mau negócio na Argentina, que acabou parecendo apenas um detalhe diante do derramamento de óleo no nosso litoral.

No terceiro trimestre de 2019, tivemos a infelicidade de vivenciar um acidente ambiental que levou manchas de óleo denso a várias praias do Nordeste brasileiro, que se espalhou para praticamente todo o litoral do país.

Houve vários turistas que tiveram acidentes com óleo grudado ao corpo.

Com várias praias interditadas, a CVC sentiu imediatamente uma redução nas reservas de pacotes de viagens, com impacto no preço das ações.

Bônus: um detalhe importante do tipo de negócio que a CVC faz é que ela compra com antecedência reservas de hotel e assentos de voos, garantindo um preço muito barato, para vender posteriormente a seus clientes.

Exemplos como a falência da Avianca e a baixa ocupação de hotéis quando o pessoal deixou de ir às praias por causa do óleo derramado mostram a que tipo de risco a CVC está exposta.

Possível erro no balanço

Justamente no último dia útil de fevereiro de 2020, a CVC anunciou que estava averiguando um possível erro contábil no balanço do 4º trimestre, que poderia somar R$ 250 milhões.

Apesar de esse valor não ser gritante frente às suas receitas, isso piorou a imagem da companhia no mercado.

Dólar caro

Antes de falar do atual nível astronômico da cotação do dólar frente à moeda brasileira, em 2019, a alta da moeda foi de 3,5%, chegando a tocar os R$ 4,20 em alguns momentos.

Em 2020, já passamos há muito da barreira dos R$ 5,00.

Esse dólar caro fez vários pacotes de viagens internacionais se tornarem inviáveis para vários turistas, mesmo antes da crise de saúde pública assolar o mundo.

Por outro lado, poderia fazer esse pessoal passar a viajar pelo Brasil, onde a CVC está muito presente. O problema é que nem viagens dentro Brasil estão sendo mais realizadas.

Pandemia

A crise de saúde trouxe dois efeitos adversos para a CVC.

O primeiro é que o fechamento de fronteiras de vários países para conter a disseminação da doença levou a praticamente zero todas as viagens, com pessoas evitando sair de suas casas.

Já o segundo efeito é que há forte momento de incerteza, estresse e aversão ao risco nos mercados globais, fazendo os investidores fugirem de ativos mais arriscados. Principalmente os de setores ligados a turismo e viagens, que são um dos mais impactados.

Antes dessa crise, havia expectativa de recuperação da economia brasileira, que deveria fazer a renda das famílias melhorar e, consequentemente, passarem a viajar mais. Esse fator poderia ser um vetor de mais receita e valorização da ação da CVC.

Mas a pandemia pôs tudo isso em xeque. E ainda está se intensificando.

A ação da CVC encerrou o mês de março precificada em apenas R$ 12,50.

É uma queda de quase 80% do começo de 2019 para cá, quando era vendida acima dos R$ 60.

Quem investiu antes da queda, errou?

Avaliar hoje as decisões tomadas no passado é muito fácil. Ninguém esperava que tudo isso acontecesse.

No começo de 2020, havia empresas de recomendações de investimentos indicando a compra de ações de CVC. Afinal, a economia estava melhorando aos poucos e a expectativa era que os brasileiros voltassem a viajar mais.

Em fevereiro de 2018, a ação da CVC chegou a ser negociada a um preço de 38 vezes os seus lucros acumulados em 12 meses, bem acima da média de 24 vezes dos últimos quatro anos.

Esse número, conhecido como Preço sobre Lucro, mostra que os investidores esperavam um forte crescimento dos lucros da CVC, que não aconteceu. E ainda houve todos esses problemas que afetaram negativamente a companhia.

O que fazer com as ações da CVC?

Olhando tudo isso, muita gente está se perguntando se agora é o momento de comprar mais ações da CVC e aproveitar a recuperação que pode ocorrer depois que tudo se revolver.

Ou será que as ações devem cair ainda mais?

Será que a CVC tem risco de quebrar?

Econoweek investe na CVC?

Antes de eu falar disso, quero lembrar que essa não é uma recomendação para comprar ou se desfazer.

Embora haja relatórios como o que usamos para chegar à conclusão se vale ou não a pena investir na CVC, a recomendação é que todos que estejam interessados em investir aprendam um pouco de valuation, que é uma análise fundamentalista para projetar as receitas, margens, lucros líquidos e fluxo de caixa da companhia, com base nas demonstrações financeiras das empresas que têm ações na Bolsa.

Levante, disponibilizou um relatório sobre a CVC para o público, sendo que há outras casas que oferecem esse tipo de serviço, como a Suno e a Eleven, todas com relatórios de todas ações brasileiras e outros tipos de investimentos.

Eu, César Esperandio, não tenho ações da CVC na minha carteira e não pretendo ter enquanto as coisas não derem sinal de melhora.

Na minha opinião, mesmo depois que o pico dessa crise de saúde passar, os países vão continuar com muitas restrições à circulação, com restaurantes e outros lugares de maior concentração de pessoas com necessidade de se adaptarem para manter maior distância entre as pessoas. Sem contar que podemos ver novas restrições regionais de circulação para evitar a expansão de novos focos de doença que surgirem.

Por tudo isso, imagino que o turismo deverá enfrentar tempos difíceis pela frente.

O mercado costuma precificar com bastante antecedência qualquer perspectiva, seja positiva ou negativa. E quem não investir agora poderia estar perdendo a oportunidade de lucrar caso as ações da CVC voltem a subir para níveis anteriores? Sim. Porém, hoje, muitos não se sentem confortáveis em fazer esse investimento arriscado.

Você investiria na CVC? Ou está de olho em alguma outra oportunidade? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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12 gastos para cortar e economizar R$ 1.175 na quarentena http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/07/12-gastos-para-cortar-e-economizar-r-1175-na-quarentena/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/07/12-gastos-para-cortar-e-economizar-r-1175-na-quarentena/#respond Tue, 07 Apr 2020 07:00:48 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1174

Chegou o dia de passar a tesoura do orçamento, rever tudo o que a gente está fazendo, porque a situação do atual cenário econômico nos obriga.

A crise do coronavírus chegou com tudo e abalou não só os investimentos e nossa perspectiva para a renda, mas também nossos gastos.

A economista Yolanda Fordelone, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, deu 12 dicas de gastos que podem ser cortados, negociados ou controlados. Aposto que conseguirá economizar com algumas delas. E fiz a conta para caso siga tudo à risca: ao menos, R$ 1.175.

1. Assinaturas de apps, TVs a cabo e streamings

A gente vai assistir a muitos filmes e séries nessa época de quarentena. Mas será que precisamos ter vários serviços de streaming mais TV a cabo?

Vale a pena repensar qual serviço você gosta mais e manter só um.

Nessa linha, vale repensar assinaturas de revistas e outras publicações. Supondo aqui que você corte um streaming e ao menso reduza o pacote da TV por assinatura, a economia já seria de R$ 100 por mês.

2. Tarifas bancárias

Já mostrarmos como ter conta gratuita em qualquer banco, garantido pelo Banco Central. Mas há também as contas digitais.

Hoje em dia, há tem muita opção para não pagar tarifa. Vale a pena aproveitar o tempo em casa para pesquisar as melhores opções e escolher a que melhor te atende. Atualmente, as pessoas gastam em média R$ 35 em tarifas bancárias. Então, essa seria a economia caso fosse para um pacote gratuito.

3. Academia de ginástica

Algumas academias têm dado esse tempo de quarentena como carência no pagamento. Ou seja, os planos serão estendidos.

Ao mesmo tempo, muita gente têm optado por fazer exercícios em casa e descoberto novas plataformas online de se exercitar.

Corte a academia se a sua não estender o plano. E, mesmo que estenda, avalie se você está curtindo essa nova experiência de exercícios em casa. Aqui, a economia varia muito de acordo com o padrão de academia frequentada, mas vamos colocar uma média de R$ 150 por mês.

4. Babá e faxineira

Se na sua região ainda não é recomendado o distanciamento social, serviços que costumamos usar devido à falta de tempo também podem ser reduzidos nesse momento em que estamos em casa.

Para movimentar a economia, é possível renegociar para diminuir a frequência, já que agora passamos mais tempo em casa.

Outra possibilidade para não deixar essas pessoas desassistidas, que muitas vezes fazem parte da família, sendo muito mais que funcionários, é renegociar o pagamento para esse período de distanciamento, descontando aos poucos ao longo dos próximos meses.

Supondo um serviço de faxina quinzenal, de R$ 150 cada, a economia chega a R$ 300 por mês.

5. Aluguel de garagem no serviço

Por que continuar pagando a vaga de garagem próxima ao trabalho se ninguém sabe quanto tempo vai durar a quarentena? Aqui, vamos considerar uma economia de R$ 250 por mês.

6. Cabeleireiro, manicure e barbearia

Além de alguns tipos de serviço não estarem funcionando fechado, temos tempo.

Podemos começar cuidando da própria unha ou barba. No caso do cabeleireiro, possivelmente dá para adiar o corte ou tintura para o pós-quarentena.

Supondo uma ida ao salão por mês, com escova, corte, manicure e pedicure, a economia facilmente chegaria a R$ 100, sendo bem conservador.

7. Aluguel

Em geral, o locador prefere receber menos, ou depois, do que não receber nada.

Fale da situação difícil do momento e tente negociar o valor do pagamento ou sua postergação.

Mas não vale querer ter um desconto sem necessidade. Todos estão passando dificuldades e essa é a hora de pensarmos mais no próximo.

Supondo um aluguel de R$ 1.500, se conseguir uma redução de 10%, a economia seria de R$ 150.

8. Escola e cursos

As escolas e faculdades estão paradas e alguns custos também foram reduzidos. Converse e tente negociar o pagamento, se precisar. Aqui fica difícil estimar a economia, pois vai depender do curso e escola frequentados.

9. Apps de comida

Com mais tempo em casa, a tendência é que a gente cozinhe mais.

Pedir comida para entregar em casa um dia ou outro, tudo bem. Só não vale perder o controle!

Na quarentena, é possível diminuir essa conta testando dotes novos na cozinha.

Se reduzir a frequência e cortar dois pedidos no mês, por exemplo, a economia já seria entre R$ 70 e R$ 100.

10. Plano de celular

Com muito tempo disponível, vamos ficar bastante no celular.

Fique atento para usar o wifi e não ter nenhum gasto surpresa na fatura do serviço de pacote de dados da telefonia móvel.

Fique atento às promoções que devem surgir das operadoras e avaliar se vale a pena migrar de plano.

Vamos considerar uma diferença de R$ 20 por mês entre o atual plano e algum que seja um pouco mais limitado.

11. Contas básicas: água e luz

Lavando as mãos toda hora e usando o computador para home office, as contas de água e energia elétrica deverão subir.

Converse com todos de sua casa para o uso consciente de água e luz.

Hábitos simples, como apagar a luz quando não estiver no ambiente, ajudam a não extrapolar nesses gastos.

12. Mercado

Por último, e não menos importante, o que muitos têm feito na quarentena? Comer! Tome cuidado com o peso da comida no corpo e no bolso.

“Vou toda hora ao mercado e estou ficando bem chata em seguir somente o que está na lista para não cair na tentação das promoções”, recomenda a economista, Yolanda Fordelone, do Econoweek.

Além disso, esse período de distanciamento social proporcionou algumas economias, como o transporte público, Uber, restaurantes, etc. Se der, tente guardar todas essas economias para compensar outros gastos que eventualmente subam.

Tem alguma outra dica de economia? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

 

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Como ganhar dinheiro investindo durante a crise (com cursos grátis) http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/03/5-dicas-para-ganhar-dinheiro-investindo-durante-a-crise-com-cursos-gratis/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/04/03/5-dicas-para-ganhar-dinheiro-investindo-durante-a-crise-com-cursos-gratis/#respond Fri, 03 Apr 2020 07:00:33 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1151

O sobe e desce das últimas semanas não foi fácil para o investidor. Na verdade, foi mais “desce” do que “sobe”.

As pessoas ficaram receosas de investir neste momento de crise do coronavírus, e também sem saber o que irá acontecer com as aplicações que já tinham em carteira.

Embora ninguém deva sair ileso dessa crise, esse não é o momento e nem motivo para pânico. Sacar todos os investimentos com prejuízo? Nem pensar!

A economista Yolanda Fordelone, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro deu cinco dicas para ganhar dinheiro investindo durante a crise, além de listar cinco cursos gratuitos para o período.

Dicas para investimentos em renda fixa

1. Fique até o vencimento

No mês de março, a Selic caiu novamente diante da fraqueza e da incerteza de crescimento da economia.

Com isso, os preços dos títulos foram ajustados para baixo. Os negócios ficaram tão voláteis que a plataforma do Tesouro Direto até chegou a fechar nos piores momentos.

O fato é que o preço que aparece na tela da corretora é o preço do momento, que o mercado está disposto a pagar pelo seu título caso você queira se desfazer dele.

Mas se você ficar com o título até o vencimento, nada muda: vai receber o juro que havia acordado com o Tesouro Direto, no CDB, ou no título que investiu.

Então, a recomendação é, se possível, ficar com o papel até o vencimento, sem desespero.

2. Opte por investimentos líquidos

Para os que têm essa oportunidade, a hora é de montar ou reforçar a reserva de segurança para os próximos meses, que provavelmente serão de piora do desemprego e crise.

Isso significa que os investimentos em renda fixa de liquidez imediata se tornam boas opções para o reforço de colchão de segurança, como aquele CDB com liquidez diária, o fundo DI sem taxa de administração, o Tesouro Selic, ou mesmo a conta corrente remunerada, dependendo do seu perfil.

Dicas para investimentos em ações

3. Mire no longo prazo

A velocidade de recuperação da Bolsa deve ser bem mais morosa do que a da queda que presenciamos.

A Bolsa costuma cair como uma lebre e subir como uma tartaruga, já dizia um velho ditado dos investimentos.

Sempre reforçamos Econoweek que Bolsa é um investimento de longo prazo.

Se já tem uma boa reserva de segurança e disposição para manter parte da carteira em investimentos mais arriscados, pode ser uma boa oportunidade.

Tenha paciência e verá os preços das ações subirem novamente.

4. Estabeleça metas

Para a Bolsa, vale a pena ter metas. Tanto meta de ganhos, como de perdas.

A economista do Econoweek, Yolanda Fordelone, estabelece que se perder 20% do capital, por exemplo, ao menos parará para reavaliar a estratégia de investimento naquela ação.

“Se eu lucrar 10%, faço a mesma coisa e avalio tirar o meu capital para colocar em outro ativo que tenha maior expectativa de alta”, afirma.

Sempre tenha em mente qual é o limite de queda que suporta e qual é o prazo que pode deixar o dinheiro investido em cada aplicação. Assim, evitará investir em ativos que não têm a ver com o seu momento.

5. Mantenha-se bem informado

Aplicações na Bolsa sempre exigiram que o investidor estivesse bem informado.

Nesse momento de fortes oscilações, em que cada dia é um dia, essa exigência só aumenta.

Os setores da economia serão impactados de diferentes maneiras pela crise do coronavírus. Procure se informar sobre os setores de atuação de cada ação que têm em sua carteira com alguma instituição de confiança.

Como aprimorar o conhecimento em investimentos

Para se manter informado e aprender mais, empresas do setor financeiro passaram a fornecer alguns de seus produtos e serviços gratuitamente. Vamos listar cinco possibilidades de dar um upgrade na sua preparação para o mundo dos investimentos sem sair de casa.

Para quem gosta de ensino à distância, a Captable disponibilizou vídeo aulas de temas como análise do cenário econômico e análise de investimentos, com conteúdos para serem consumidos ao longo de uma semana de imersão.

A Levante Investimentos tornou público um relatório diário até os mercados voltarem à normalidade, com projeções e indicações de investimentos, além de notícias.

Já se investimentos mais arriscados não for a sua praia, há uma palestra com dicas para compor sua carteira com renda fixa e ativos imobiliários, ministrada por Paulo Deitos e Eduardo Barbosa, CEOs de empresas de investimentos nesses setores.

Se você quer dar os primeiros passos nos investimentos em Bolsas de Valores, a corretora Toro abriu para todos um curso de ações para iniciantes, com 13 aulas no YouTube.

Já a youtuber de finanças Lívia Medeiros disponibilizou gratuitamente, enquanto durar a quarentena, seu curso de planejamento financeiro para quem precisa aprender a ter controle sobre os gastos e começar a investir.

Conhece algum outro curso gratuito para fazermos durante o período de distanciamento social? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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5 dicas para seu negócio sobreviver à quarentena http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/31/5-dicas-para-seu-negocio-sobreviver-a-quarentena/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/31/5-dicas-para-seu-negocio-sobreviver-a-quarentena/#respond Tue, 31 Mar 2020 07:00:54 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1141

Nossa rotina mudou nas últimas semanas por conta da pandemia do novo coronavírus. A preocupação agora, além da saúde física, é a saúde financeira. Como fica a nossa renda com tudo isso?

A economista Yolanda Fordelone, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro vai dar cinco dicas para autônomos e empreendedores sobreviverem à quarentena.

A crise do coronavírus pegou em cheio o bolso das pessoas. Muitas pessoas estão com medo de ficarem desempregadas e, nessas primeiras semanas, os autônomos e empreendedores já têm sentido o impacto da diminuição da renda.

Estamos falando do Uber que parou de circular por falta de passageiro, da doceira que parou de fazer festinha, e do lojista que baixou as portas.

Ninguém vai sair ileso. Mas se der para amenizar o impacto, melhor.

Vamos às dicas:

1. Negocie prazos

A hora é de negociação. Então, a primeira dica para profissionais liberais sobreviverem à quarentena é negociar a data do pagamento do empréstimo. Muitos bancos já têm aberto a possibilidade de estender e negociar prazos, mas leve em conta também a negociação de pagamento de fornecedores, do aluguel do estabelecimento, tudo…

Quanto mais tempo ganhar, melhor para conseguir achar mais saídas para as finanças.

Lembre-se que a outra ponta da negociação provavelmente preferirá dar um desconto ou mudar a data do que não receber nada.

A situação está difícil para todos. Então, não se aproveite disso apenas para economizar. Recorra a essas negociações se não houver opção.

2. Em vez de cancelar serviços, adie

Temos visto muitas empresas que fazem festas, consertos e os mais diversos negócios, negociando a data de execução do serviço.

Proponha, mesmo que seja com desconto, que a pessoa faça o serviço mais para frente, em vez de cancelar o contrato.

3. Invista no marketing digital

Seja por redes sociais ou através de um site próprio, a hora é das vendas à distância.

É interessante aplicar a modalidade de delivery para o seu comércio. Temos visto muitas lojas com as portas abaixadas, mas com um aviso de que há serviços de entrega dos produtos.

No caso dos serviços via redes sociais, os profissionais de educação física são um bom exemplo. Há muito profissional oferecendo aulas de dança, yoga, personal… Tudo online.

Também há casos de psicólogos migrando seus serviços para plataformas digitais.

4. Hora das promoções

Pense em oferecer seus produtos com desconto para impulsionar as vendas nessa época em que as pessoas estão receosas de ir às compras.

Se é um serviço, vale a mesma regra. A única diferença é que o serviço vai ser executado lá na frente.

Recebemos, por exemplo, e-mails de empresas de depilação à laser e de salões de beleza oferecendo muito desconto para o cliente que comprar o serviço agora e o utilizasse a partir de maio.

5. Guarde o máximo que conseguir

Se você não é um microempresário ou profissional autônomo, essa dica também serve para você.

Se possível, a hora é de fazer a reserva de emergência ou ampliá-la.

Como ninguém sabe quanto tempo essa crise durará, guarde o máximo de dinheiro que puder.

Lembre-se que você ainda é privilegiado nisso tudo se não teve a sua renda diminuída.

“Eu, particularmente, apesar de trabalhar no computador, estou evitando acessar sites de compras e dar muita atenção aos anúncios do Instagram”, recomenda Yolanda Fordelone. “Todo o dinheiro que posso, vou guardar e ampliar a minha reserva. Hoje tenho o equivalente a cinco meses de gastos na reserva de segurança, mas quero ampliar para dez meses”, continua.

Que outra dica você tem para lidarmos com a crise? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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Como eu fiz para perder só 1%, enquanto a Bolsa caiu ao redor de 40% http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/27/como-eu-fiz-para-perder-so-1-enquanto-a-bolsa-caiu-ao-redor-de-40/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/27/como-eu-fiz-para-perder-so-1-enquanto-a-bolsa-caiu-ao-redor-de-40/#respond Fri, 27 Mar 2020 07:00:45 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1132

Estamos vivendo um grave problema de saúde pública, e devemos nos prevenir seriamente. Os impactos no emprego e na economia deverão ser severos e essa é uma discussão válida. Ao mesmo tempo, outra preocupação paira no ar: como se prevenir da forte queda das Bolsas de Valores?

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar como sua carteira de investimentos caiu menos de 1%, enquanto a Bolsa já recuou ao redor de 40% desde o pico desse ano.

A Bolsa continua indo muito mal, principalmente quando comparado à máxima no ano.

Enquanto isso, a minha carteira de investimentos, desde o começo do ano, perdeu muito menos. Até aqui, tenho um rendimento de -0,83% negativo.

Qual é o meu segredo? Eu diversifico os meus investimentos porque não gosto de me expor tanto ao risco.

Como é a minha carteira

De maneira bem resumida, divido a minha carteira em investimentos de renda fixa, investimentos de renda variável e investimentos alternativos.

Renda fixa

Hoje, 71% dos meus investimentos estão em renda fixa, diversificados em títulos prefixados, pós-fixados e atrelados à inflação.

Praticamente tudo está investido em títulos privados, como CDBs e debêntures, que costumam ter boa remuneração.

Na renda fixa, ainda há uma parte que direciono para a reserva de segurança, em títulos que eu possa resgatar a qualquer momento que eu precise usar.

É muito importante ter uma reserva de segurança entre seis e 12 meses dos gastos normais para momentos como esse. Nós explicamos como montar uma reserva de segurança nesse link.

Do fim de 2019 até hoje, esses investimentos renderam +1,97% para mim, ao redor de 230% do CDI.

Renda variável

A parte de renda variável corresponde a 24% do meu portifólio. Por simplificação, eu incluí nessa conta, além das ações, alguns fundos multimercado e outros fundos de ações que eu invisto o meu dinheiro.

Como os fundos multimercado investem em várias coisas diferentes, isso segurou um pouco da queda dessa parte da minha carteira, que já caiu 8,32% em 2020. Pelo menos, é uma queda bem menor que os 40% do Ibovespa, aproximadamente.

Investimentos alternativos

O restante da minha carteira, dedico a investimentos alternativos e, portanto mais arriscados. Em minha estratégia, viso sempre o longo prazo, inclusive nesse recorte.

Ao redor de 5% da minha carteira está alocada nesse tipo de investimentos.

Nessa linha, há investimentos menos populares da renda fixa, como precatórios de estados, como o de São Paulo, até fintechs de investimentos, como a Captable, uma crowdfunding de investimentos em startups, onde se investe para ter a possibilidade de se tornar sócio do negócio, caso ele dê certo.

Dentro do mundo das fintechs, há diversas opções de investimentos, desde a possibilidade de emprestar dinheiro a empresários do setor imobiliário, caso da MatchMoney, ou investimentos coletivos diretamente em imóveis, que é a praia da Urbe.me, até chegar no campo dos robôs de investimentos, que usam algorítimos para a tomada de decisão de alocação e identificação do perfil do investidor, como a gestora digital Magnetis.

Respeitando as particularidades de cada investimento, todos são considerados arriscados. Então, fique atento.

Eu já comentei em detalhes como funciona o investimento em startups, mostrando se vale ou não a pena e como eu faço para aumentar as chances de me sair bem, sem me expor a risco desnecessário. Vale a pena o clique.

Como o meu investimento em empreendimentos e startups não estão listados na Bolsa, e não teve grandes alterações do começo do ano para cá em suas atividades, eu considerei que continuam valendo a mesma coisa. Ou seja, 0% de valorização.

É claro que, listados ou não em Bolsa, praticamente todo mundo que tem um negócio próprio está sentindo o efeito dessa crise, já que a atividade econômica diminuiu, com empresas com operação reduzida ou parada, e pessoas dentro de casa, saindo muito menos para consumir.

Então, estamos em um momento de maior risco para todo tipo de investimento, sem exceções. Mas é possível minimizar esses riscos, diversificando os investimentos, até de maneira mais conservadora do que o meu exemplo.

Note que essa composição dos meus investimentos é recomendada para quem tem perfil de investidor mais agressivo.

Mesmo assim, há muitas pessoas que investem praticamente tudo em ações e sofreram muito mais com a queda da Bolsa.

Vale o destaque de que essa é uma discussão de investimentos e o texto não se trata de uma recomendação para qualquer tipo de aplicação.

Investimentos na Bolsa de Valores são considerados aplicações de risco.

Como está o rendimento e composição de seus investimentos? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

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Descubra qual é a melhor estratégia de investimentos durante a crise http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/24/descubra-qual-e-a-melhor-estrategia-de-investimentos-durante-a-crise/ http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/2020/03/24/descubra-qual-e-a-melhor-estrategia-de-investimentos-durante-a-crise/#respond Tue, 24 Mar 2020 07:00:57 +0000 http://econoweek.blogosfera.uol.com.br/?p=1114

Além dessa mega crise de saúde global, estamos assistindo a uma super queda das ações nas Bolsas ao redor do mundo, que provavelmente seguirá de uma recessão com reflexos importantes no mercado de trabalho. Por mais que alguns falem o contrário, todos estão assustados com essa crise.

O economista César Esperandio, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, vai mostrar qual é a melhor estratégia para os seus investimentos durante a crise: Day Trade ou Buy & Hold, mesmo que seja para defender de quedas ainda maiores na sua carteira!

Destacamos as vantagens e desvantagens de cada uma e, no final, comparamos duas carteiras de investimentos seguindo cada estratégia, mostrando qual teve a melhor performance.

Há várias estratégias de investimentos, seja para tentar ganhar enquanto as Bolsas caem, ou para proteger a sua carteira de quedas ainda maiores. Hoje, eu vou mostrar com um exemplo muito claro porque, mesmo durante essa crise, eu prefiro a estratégia Buy & Hold, que significa “comprar e segurar”. Essa estratégia é justamente aquela do investimento por um longo período. Apesar de eu gostar dela, não deixo de usar recursos típicos de investimentos de curto prazo, como Day Trade, Swing Trade, análises gráficas e outras ferramentas.

Independentemente da estratégia adotada, seguir o planejamento de investimentos, mantendo a calma, é fundamental.

É importante sempre consumir informação de fontes confiáveis, como casas de análises especializadas. Nossa dica da semana é a Levante, que passou a fornecer relatórios diários de investimentos gratuitamente até acabar a crise para ajudar a manter a calma e minimizar os prejuízos desse caos, compartilhando notícias e estratégias para cada perfil de portfólio de investimentos, seja você adepto ao Buy & Hold ou fã do Day Trade. É mais uma iniciativa legal em meio à comoção mundial.

Day Trade

Primeiramente, vamos começar falando das características, vantagens e desvantagens do Day Trade e de outras estratégias de investimentos que buscam ter lucro no curto prazo.

O objetivo é comprar uma ação e vendê-la mais caro num curto período de tempo, dentro de um mesmo dia. Se a venda acontece em alguns dias, o nome usado é Swing Trade.

Uma das críticas a essa estratégia é que, em muitos casos, o investidor não está preocupado com os fundamentos da empresa representada por sua ação. Em um ambiente estável, diferente da crise que vivemos hoje, são as ações de empresas mais duvidosas que podem oferecer as melhores oportunidades para esse tipo de operação. Afinal, o preço da ação costuma ser acessível, além de apresentar forte volatilidade, proporcionando mais situações de possibilidade de ganho com as altas e baixas.

Apesar de haver diferentes técnicas e estratégias, a análise técnica ou grafista, como é conhecida, leva em conta o comportamento de preços de uma ação para tentar prever uma tendência de alta ou baixa e, assim, comprar e vender no momento mais oportuno.

Caso queira aprender mais a respeito, nós fizemos um conteúdo detalhado explicando o conceito de Day Trade. Vale a pena conferir.

Outras críticas que eu faço é que essa é uma atividade estressante, que exige muito preparo e acompanhamento constante, transformando praticamente essa atividade em sua profissão principal.

É difícil ter sucesso nessa estratégia caso tenha uma outra profissão que não permite foco em suas operações no mercado financeiro.

Nós já conversamos com um daytrader, que mostrou a dificuldade da profissão e como é possível ter um prejuízo enorme, mostrando que 90% das pessoas perdem dinheiro com o Day Trade, para ninguém pensar que é fácil ganhar dinheiro dessa maneira. Exige empenho e vale a pena o clique.

Buy & Hold

Como o nome sugere, “comprar e segurar” é uma estratégia de longo prazo, onde você seleciona ações de qualidade para se portar como um sócio da empresa em que você confia. O foco é aumentar o patrimônio e receber dividendos sobre sua participação acionária em cada empresa

A análise fundamentalista, cuja técnica mais famosa é conhecida como “valuation”, é o principal critério para decidir comprar ou não uma ação nesta estratégia.

O valuation é uma técnica que, a partir dos balanços contábeis da empresa, do seu histórico, de seus gestores, análise de concorrentes, entre outras informações, determina se o preço da ação está caro ou barato para fazer o seu investimento (ou decidir vender).

Uma das críticas a essa estratégia, que eu considero mais uma vantagem do que uma desvantagem, é que como o Buy & Hold não foca na valorização das ações como fonte de lucro e aumento da rentabilidade, para ter dividendos que façam a diferença no seu orçamento, é preciso ter um valor alto investido em muitas ações.

Isso é verdade. Mas, por outro lado, se houver um bom critério de decisão de quais ações estarão dentro de sua carteira de investimentos, a tendência é que as empresas apresentem crescimento, junto com seus lucros, que serão acompanhados pela valorização das ações, que também poderão ser vendidas com lucro no futuro, caso deseje.

Como o objetivo é selecionar companhias saudáveis, os preços de suas ações costumam oscilar menos em dias normais, bem como, durante crises, terão menos dificuldades e menor chance de falência.

Decorrente disso, o investidor não precisará acompanhar minuto a minuto os preços de suas ações, com menos estresse, sendo possível focar em outra profissão que seja sua principal fonte de renda, para, então, fazer novos aportes mensais e acelerar o crescimento do seu patrimônio.

Nós já falamos sobre como ganhar dinheiro com o sobe e desce da Bolsa, investindo em BOVA11. Vale a pena o conferir.

Qual é melhor?

No vídeo acima, mostramos um gráfico com duas estratégias diferentes sendo aplicadas: o Buy & Hold e outra estratégia de curto prazo, que consiste em comprar ações sempre que a Bolsa cair 10%, voltando a vender assim que a Bolsa subir e atingir novo recorde.

As áreas hachuradas mostram os períodos, desde 1959, no qual houve crises, e ambos os investidores compraram as mesmas ações, nas mesmas quantidades. Enquanto um vendia assim que a Bolsa atingia novo recorde (final da área hachurada), o outro mantinha as ações em sua carteira.

O investidor Buy & Hold teve retorno muito maior em sua carteira, passando por menos estresse.

É claro que esse é um exercício muito simples e um investidor que busca ganhos no curto prazo tem estratégias muito mais elaboradas do que essa, podendo ter retornos até maiores do que a outra estratégia. Mas não sem se expor a maior nível de risco e a maior carga de estresse.

Eu sou adepto da estratégia Buy & Hold, mas isso não significa que eu não fique de olho em janelas de oportunidades que se abrem nas empresas da minha carteira para decidir se é hora de vender ou de comprar ainda mais ações.

E isso também não quer dizer que eu não esteja com um frio na barriga com essa crise. É normal ter medo, mas não se desespere.

Na hora de decidir o momento ideal de comprar ou vender, as técnicas e análises gráficas, típicas de investimentos de curto prazo, podem ajudar a maximizar o retorno dos seus investimentos.

Esse mindset é válido para tempos normais ou tempos de crise, onde todas as ações caem de preço. Respeito quem seja adepto de ambas as estratégias.

Qual estratégia você prefere, Buy & Hold ou Day Trade? Comente dizendo o motivo. Quem sabe não chegamos a uma conclusão melhor sobre como encarar os investimentos nos dias de hoje.

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