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12 gastos para cortar e economizar R$ 1.175 na quarentena

César Esperandio

07/04/2020 04h00

Chegou o dia de passar a tesoura do orçamento, rever tudo o que a gente está fazendo, porque a situação do atual cenário econômico nos obriga.

A crise do coronavírus chegou com tudo e abalou não só os investimentos e nossa perspectiva para a renda, mas também nossos gastos.

A economista Yolanda Fordelone, do Econoweek, a tradução da economia e do dinheiro, deu 12 dicas de gastos que podem ser cortados, negociados ou controlados. Aposto que conseguirá economizar com algumas delas. E fiz a conta para caso siga tudo à risca: ao menos, R$ 1.175.

1. Assinaturas de apps, TVs a cabo e streamings

A gente vai assistir a muitos filmes e séries nessa época de quarentena. Mas será que precisamos ter vários serviços de streaming mais TV a cabo?

Vale a pena repensar qual serviço você gosta mais e manter só um.

Nessa linha, vale repensar assinaturas de revistas e outras publicações. Supondo aqui que você corte um streaming e ao menso reduza o pacote da TV por assinatura, a economia já seria de R$ 100 por mês.

2. Tarifas bancárias

Já mostrarmos como ter conta gratuita em qualquer banco, garantido pelo Banco Central. Mas há também as contas digitais.

Hoje em dia, há tem muita opção para não pagar tarifa. Vale a pena aproveitar o tempo em casa para pesquisar as melhores opções e escolher a que melhor te atende. Atualmente, as pessoas gastam em média R$ 35 em tarifas bancárias. Então, essa seria a economia caso fosse para um pacote gratuito.

3. Academia de ginástica

Algumas academias têm dado esse tempo de quarentena como carência no pagamento. Ou seja, os planos serão estendidos.

Ao mesmo tempo, muita gente têm optado por fazer exercícios em casa e descoberto novas plataformas online de se exercitar.

Corte a academia se a sua não estender o plano. E, mesmo que estenda, avalie se você está curtindo essa nova experiência de exercícios em casa. Aqui, a economia varia muito de acordo com o padrão de academia frequentada, mas vamos colocar uma média de R$ 150 por mês.

4. Babá e faxineira

Se na sua região ainda não é recomendado o distanciamento social, serviços que costumamos usar devido à falta de tempo também podem ser reduzidos nesse momento em que estamos em casa.

Para movimentar a economia, é possível renegociar para diminuir a frequência, já que agora passamos mais tempo em casa.

Outra possibilidade para não deixar essas pessoas desassistidas, que muitas vezes fazem parte da família, sendo muito mais que funcionários, é renegociar o pagamento para esse período de distanciamento, descontando aos poucos ao longo dos próximos meses.

Supondo um serviço de faxina quinzenal, de R$ 150 cada, a economia chega a R$ 300 por mês.

5. Aluguel de garagem no serviço

Por que continuar pagando a vaga de garagem próxima ao trabalho se ninguém sabe quanto tempo vai durar a quarentena? Aqui, vamos considerar uma economia de R$ 250 por mês.

6. Cabeleireiro, manicure e barbearia

Além de alguns tipos de serviço não estarem funcionando fechado, temos tempo.

Podemos começar cuidando da própria unha ou barba. No caso do cabeleireiro, possivelmente dá para adiar o corte ou tintura para o pós-quarentena.

Supondo uma ida ao salão por mês, com escova, corte, manicure e pedicure, a economia facilmente chegaria a R$ 100, sendo bem conservador.

7. Aluguel

Em geral, o locador prefere receber menos, ou depois, do que não receber nada.

Fale da situação difícil do momento e tente negociar o valor do pagamento ou sua postergação.

Mas não vale querer ter um desconto sem necessidade. Todos estão passando dificuldades e essa é a hora de pensarmos mais no próximo.

Supondo um aluguel de R$ 1.500, se conseguir uma redução de 10%, a economia seria de R$ 150.

8. Escola e cursos

As escolas e faculdades estão paradas e alguns custos também foram reduzidos. Converse e tente negociar o pagamento, se precisar. Aqui fica difícil estimar a economia, pois vai depender do curso e escola frequentados.

9. Apps de comida

Com mais tempo em casa, a tendência é que a gente cozinhe mais.

Pedir comida para entregar em casa um dia ou outro, tudo bem. Só não vale perder o controle!

Na quarentena, é possível diminuir essa conta testando dotes novos na cozinha.

Se reduzir a frequência e cortar dois pedidos no mês, por exemplo, a economia já seria entre R$ 70 e R$ 100.

10. Plano de celular

Com muito tempo disponível, vamos ficar bastante no celular.

Fique atento para usar o wifi e não ter nenhum gasto surpresa na fatura do serviço de pacote de dados da telefonia móvel.

Fique atento às promoções que devem surgir das operadoras e avaliar se vale a pena migrar de plano.

Vamos considerar uma diferença de R$ 20 por mês entre o atual plano e algum que seja um pouco mais limitado.

11. Contas básicas: água e luz

Lavando as mãos toda hora e usando o computador para home office, as contas de água e energia elétrica deverão subir.

Converse com todos de sua casa para o uso consciente de água e luz.

Hábitos simples, como apagar a luz quando não estiver no ambiente, ajudam a não extrapolar nesses gastos.

12. Mercado

Por último, e não menos importante, o que muitos têm feito na quarentena? Comer! Tome cuidado com o peso da comida no corpo e no bolso.

"Vou toda hora ao mercado e estou ficando bem chata em seguir somente o que está na lista para não cair na tentação das promoções", recomenda a economista, Yolanda Fordelone, do Econoweek.

Além disso, esse período de distanciamento social proporcionou algumas economias, como o transporte público, Uber, restaurantes, etc. Se der, tente guardar todas essas economias para compensar outros gastos que eventualmente subam.

Tem alguma outra dica de economia? Conte aqui nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTubeInstagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!

 

Sobre os Autores

César Esperandio: economista com ênfase em planejamento financeiro, com larga experiência no mercado financeiro. Já atuou em setores macroeconômicos de bancos e consultorias, além de ter passado por empresa de pesquisas de mercado. Hoje se dedica exclusivamente ao Econoweek, com foco em investimentos.

Yolanda Fordelone: economista e jornalista, teve passagens por grandes jornais nas áreas de economia e finanças, foi professora em um curso de graduação em Economia e hoje coordena uma equipe em um aplicativo de gestão financeira. Além disso, se dedica às finanças pessoais no Econoweek.

Sobre o Blog

O Econoweek é um blog escrito por dois economistas que querem traduzir a economia, as finanças e o dinheiro.