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Como a tecnologia vai mudar o mercado de trabalho

César Esperandio

29/10/2019 04h00

A tecnologia evolui cada vez mais rápido e há o temor de máquinas e robôs roubarem nossos empregos. Hoje, o Econoweek comenta três grandes evoluções tecnológicas e como isso deverá afetar a nossa rotina e o futuro do mercado de trabalho.

Tem até nome para a ciência que estuda o avanço da tecnologia: futurismo. Segundo a Universidade Singularity, uma das autoridades em inovação, a tecnologia se desenvolve exponencialmente, e isso continuará acontecendo.

Você se lembra do primeiro celular? Era um tijolão que custava muito caro. Provavelmente você teve um celular com tela preta e branca, que incluía o famoso jogo da cobrinha. E isso não faz tanto tempo assim, considerando que hoje temos smartphones em que pedimos comida, táxi, pagamos contas, enviamos e-mails e até podemos arrumar um namorado, para dizer o mínimo.

O ritmo de novidades tecnológicas, e das facilidades que elas nos trazem, acontecerá cada vez mais rápido.

 

Mas como a tecnologia vai afetar o mercado de trabalho? Vamos falar de algumas novidades:

 

1. Carro autônomo

O carro sem motorista já existe, embora ainda esteja em fase de teste. Em algumas regiões dos EUA, o veículo autônomo, ainda com falhas, mostrou uma redução do volume de acidentes. E, no futuro, poderemos não ter mais a necessidade de dirigir.

Isso pode significar o fim de postos de trabalho diretos em transportes, seja de passageiro ou de cargas. Mas, por outro lado, ganharemos tempo para fazermos coisas mais importantes, e teremos uma economia mais produtiva.

No tempo que gastaríamos com locomoção, podemos aproveitar para trabalhar ou se divertir, por exemplo. Aprender a dirigir pode ser tornar uma opção, e não uma obrigação.

 

2. Aprender línguas

Será que precisaremos aprender várias línguas? A tendência da tecnologia diz que não.

Em 2012, há 7 anos, o Google fez a primeira palestra traduzida automaticamente por um programa de computador. Hoje, o Skype Translator já traduz conversas de pessoas em videoconferências quase automaticamente.

Talvez, no futuro, ter domínio pleno sobre uma nova língua não seja mais um diferencial tão grande. De todo modo, essa não deve ser uma desculpa para deixar de aprender o inglês, principalmente, porque ainda é, e continuará sendo, a língua universal dos negócios e onde encontramos a principal fonte de conhecimento em tecnologia.

 

3. Impressoras 3D

Embora ainda não seja uma tecnologia barata, a tecnologia de impressoras 3D já permite imprimir desde roupas até órgãos humanos, que podem ser usados em transplantes.

Obviamente, ainda há muito a evoluir. Mas, pare para pensar em como a lógica de produção e consumo poderá se alterar quando pudermos fazer o download de uma camiseta da moda para imprimir na sala de nossa casa. Tudo isso, minimizando o impacto ambiental, sem frete e sem demora na entrega.

 

Novas habilidades necessárias

O machine learning, onde as máquinas já têm a capacidade de, pouco a pouco, aprenderem sozinhas, podem nos livrar de trabalhos mais mecânicos. Mas, a capacidade analítica humana estará cada vez mais em alta.

O conhecimento matemático e a criatividade ajudam nessa direção, em que teremos que desenvolver a habilidade de interpretar dados e fazermos a tecnologia trabalhar a nosso favor, de maneira otimizada.

Os próprios economistas, de alguns anos para cá, passaram a aprender linguagens de programação para lidar com essa nova realidade. Essa habilidade deverá ganhar importância no futuro.

 

Capacidade de adaptação

Com a velocidade de inovações tecnológicas cada vez mais veloz, estar antenado no que acontece (e nos adaptarmos a tudo isso) é crucial.

Essa é uma habilidade desafiadora, que também deverá ganhar relevância. Seja para o economista ou para profissionais de outras áreas.

 

Como se adaptar a tudo isso?

Além de algumas habilidades que podem ser mais importantes no futuro, estar antenado às inovações tecnológicas, principalmente do nosso ramo de atuação, se fará cada vez mais necessário. Seja você da área da saúde, de comércio ou qualquer que seja. É do seu meio que virão as novidades que você deverá estar ligado.

 

Vamos ficar desempregados?

Essa é uma polêmica para a qual não há consenso. Em nossa opinião, não. Não haverá um desemprego maior apenas devido à tecnologia mudar cada vez mais rápido.

No passado, já passamos por ondas de inovações, como foi o caso da revolução industrial, e mesmo barreiras, como a expectativa de alimentos insuficientes para o crescimento populacional, diante da tecnologia do passado, foram suplantadas justamente pela inovação tecnológica.

O ponto é que será cada vez mais importante nos adaptarmos às novidades. Não é simples, mas é um esforço necessário para não ficarmos para trás.

 

O que você pensa sobre isso? Devemos temer a tecnologia e o emprego?

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Sobre os Autores

César Esperandio: economista com ênfase em planejamento financeiro, com larga experiência no mercado financeiro. Já atuou em setores macroeconômicos de bancos e consultorias, além de ter passado por empresa de pesquisas de mercado. Hoje se dedica exclusivamente ao Econoweek, com foco em investimentos.

Yolanda Fordelone: economista e jornalista, teve passagens por grandes jornais nas áreas de economia e finanças, foi professora em um curso de graduação em Economia e hoje coordena uma equipe em um aplicativo de gestão financeira. Além disso, se dedica às finanças pessoais no Econoweek.

Sobre o Blog

O Econoweek é um blog escrito por dois economistas que querem traduzir a economia, as finanças e o dinheiro.