Estas 4 regras ajudam a escolher o melhor fundo de investimento para você
Todo mundo já sabe que a taxa de juros básica da economia, a Selic, está no seu menor nível histórico, reduzindo os retornos dos investimentos de renda fixa tradicionais, como é o caso do Tesouro Selic (título público vendido na plataforma do Tesouro Direto). Com isso, diversificar em investimentos de renda variável (ações, fundos, etc.) será importante para aumentar a rentabilidade da sua carteira.
O economista do Econoweek, César Esperandio, foi bater um papo com o pessoal do Mais Retorno, e recorreu à Glenda Ferreira, economista na Levante Ideias de Investimentos, para dar dicas de como escolher as melhores oportunidades entre tantos fundos.
"Quer ganhar mais de 4,5% ao ano? Você vai ter que colocar um pé no risco"
Com essa afirmação, Luis Felipe Vieira, economista do Mais Retorno, um site que, dentre outras funções, compara fundos de investimentos em diversas métricas, lembra que assumir mais risco não tem necessariamente uma conotação negativa.
Com preparação adequada, e se cercando de informação confiável, o risco é mitigado e retornos maiores podem ser alcançados, melhorando a performance de sua carteira de investimentos.
Investir diretamente em ações pode não ser para você (pelo menos por enquanto)
Apesar de a Selic, na mínima histórica, há algum tempo suscitar a discussão e a necessidade de se procurar investimentos mais rentáveis, a migração para o mercado acionário não é automática e, tampouco, tão óbvia.
"Você acha que o cara que saiu do bancão, de 80% do CDI, agora vai se debruçar em balanços para tomar uma boa decisão de comprar e vender ações?", questiona Felipe Medeiros, sócio do site Mais Retorno. "É por isso que a gente gosta tanto de fundos", complementa.
Se a pessoa não tem tempo de estudar e se dedicar para acompanhar as empresas, é melhor colocar suas reservas na mão de um gestor competente, deixando o seu dinheiro rendendo em um fundo de investimentos.
Por isso, apresentamos a regra dos quatro princípios que você deve observar na hora de começar a investir em fundos, caso esteja interessado. Dicas da economista Glenda Ferreira.
1. Não escolher o fundo pela sua performance recente
Segundo várias pesquisas, a maioria dos fundos que têm bom desempenho em um ano, tende a não repetir tão bom desempenho no período seguinte.
"Quando um fundo performa tão bem, a ponto de muitas pessoas ao redor do mundo começarem a se tornarem cotistas, há uma sobre-demanda, tendendo a mitigar sua performance futura", afirma Glenda Ferreira, economista na Levante Ideias de Investimentos.
2. Escolher e seguir uma estratégia alinhada ao seu perfil pessoal
Há muitas estratégias, categorias e riscos diferentes, assumidos por cada fundo de investimentos.
É necessário se informar bem para perceber o quanto de volatilidade de preços, de valorização ou desvalorização, o investidor tolera, para não desistir na primeira vez que o fundo eventualmente "cair", assumindo prejuízos desnecessários.
3. Conhecer o gestor e a equipe técnica do fundo
É importante saber quem é o gestor e a sua equipe, há quanto tempo estão juntos e qual é a especialidade de cada um. Afinal, são eles que cuidarão do seu dinheiro.
Para quem ainda não está muito familiarizado com o assunto, o ideal é buscar vídeos com gestores no YouTube , olhar o LinkedIn de cada profissional do fundo, além de ler as cartas a investidores, fáceis de encontrar nos detalhes explicativos de cada fundo dentro de sua corretora online.
4. Saber quais são as taxas de administração e performance
Como há profissionais dedicas à gestão especializada dos seus investimentos, é justo que eles ganhem por isso.
A taxa de administração mais comum de se observar é de 2% ao ano, com alguns fundos também cobrando taxa de performance caso o desempenho supere algum indicador combinado previamente.
Eu, particularmente, gosto muito da estratégia de fundos que reduzem sua taxa de administração, mas que tenham uma taxa de performance arrojada, incentivando os profissionais a terem uma gestão mais ativa do capital investido. Claro que isso tem que ser analisado juntamente com as dicas anteriores da economista Glenda Ferreira.
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Sobre os Autores
Yolanda Fordelone: economista e jornalista, teve passagens por grandes jornais nas áreas de economia e finanças, foi professora em um curso de graduação em Economia e hoje coordena uma equipe em um aplicativo de gestão financeira. Além disso, se dedica às finanças pessoais no Econoweek.
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